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sábado, 17 de outubro de 2009

Minas Gerais: crise na saúde. Hospital em protesto contra governo.

A crise dos serviços públicos de saúde do Estado de Minas Gerais prolongam-se como uma lenta agonia. O descontentamento generalizado dos trabalhadores do setor público de saúde ganha corpo em movimentos como o do Hospital João XXIII, onde condições de trabalho e salário precário empurram, como uma cruel necessidade, os médicos para um movimento reivindicário cada vez mais amplo. A população, diante da vista de tais acontecimentos, passa a ver como mero proselitismo político a verve publicitária do Governo do Estado, cujo titular, Aécio Neves, se oferece como presidenciável, acalentando sonhos de galgar as mais elevadas altitudes do poder. Os médicos do João XXIII, em Belo Horizonte, trabalham de preto. Forma de protesto visível e insofismável diante da falta de capacidade que os gestores públicos, nomeados por Aécio Neves, tem revelado para a negociação. A matéria abaixo, publicada no portal UAI, pode ser vista para ilustrar o descontentamento dos médicos que trabalham para o Governo do Estado de Minas Gerais. As consequencias das atitudes intransigentes dos governantes ofendem a população de Belo Horizonte e de Minas Gerais.
Atendimento no HPS só volta ao normal na próxima sexta

Atendimento no HPS só volta ao normal na próxima sexta
Elaine Resende – Portal Uai

O atendimento aos pacientes do Hospital João XXIII só volta ao normal a partir da próxima sexta-feira. Pela terceira vez este ano, os médicos do maior pronto-socorro de Minas fazem paralisação para pressionar o governo a aumentar o salário dos profissionais de saúde. Desde as 7h desta terça-feira, só estão recebendo atendimento os casos de politraumatismo, intoxicações e queimaduras de grandes proporções. Dessa vez, o protesto terá duração de 72 horas.

Na última manifestação, realizada na semana passada, os médicos trabalharam em escala reduzida por 48 horas. Na quarta-feira, primeiro dia da paralisação, 233 pacientes foram atendidos, mas 85 foram encaminhados para outros hospitais. Já na quinta-feira, até as 15h, 59 casos foram considerados de urgência e passaram pela triagem dos médicos. Quase 80 pessoas, no entanto, tiveram que buscar ajuda em outros locais.

Na entrada do João XXIII, os médicos estão vestidos de preto nesta terça para simbolizar a falta de acordo com o governo do estado. Segundo o Sindicato dos Médicos (Sinmed-MG), a categoria pede um aumento conforme o estipulado pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), que atualmente é de R$ 8.209. Hoje, o salário-base para plantão de 24 horas no HPS é de R$ 2.407, três vezes menor conforme o sindicato.

Além disso, a categoria não ficou satisfeita com o abono concedido pelo governo estadual no fim do ano passado, no valor de R$ 1,5 mil. O pedido era de um salário extra de R$ 2 mil para os médicos da urgência e a manutenção dos R$ 1,5 mil para os profisisonais que trabalham no CTI e na internação. Para o sindicato, um abono não incorporado ao salário, que pode ser cortado a qualquer momento, não traz os mesmos benefícios de um reajuste sobre o valor do salário.

A assessoria da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) informou que nesta terça-feira à tarde o presidente da entidade, Luís Márcio Araújo Ramos, dará uma entrevista coletiva à imprensa para esclarecer sobre as negociações com os médicos, bem como investimentos futuros no hospital.

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