Pesquise no Blog

Assinar Feed Assinantes

Seguir no Twitter Seguidores

Artigos publicados Artigos

Comentários recebidos Comentários

sábado, 26 de setembro de 2009

Para Aécio, povo do campo não precisa saber ler

A secretária de Educação do governo Aécio, Vanessa Guimarães, disse em entrevista à edição do dia 9 de agosto do jornal "Hoje em Dia", de Belo Horizonte, que os homens e mulheres das zonas rurais não precisam saber ler: (...) quanto ao alto índice de analfabetos funcionais do Estado, Vanessa Guimarães diz que estão concentrados na área rural "onde a necessidade de estar alfabetizado não se impõe".

A fala da maior autoridade governamental em Minas na área da educação é a reprodução do pensamento institucional que pretende ocupar novamente o Palácio da Liberdade e revela a prática de descaso denunciada pelos movimentos dos professores e trabalhadores na educação.

Para o governo Lula e para o candidato ao governo de Minas, Nilmário Miranda, a educação é o primeiro degrau da cidadania. Sabendo ler e escrever e compreendendo o grande volume de informação que recebe de várias fontes é que os brasileiros e as brasileiras terão conhecimento de seus direitos e deveres, vão poder ter pensamento crítico e analítico e, assim, vão poder decidir sobre seus destinos e os destinos do país.

Ao entender que os homens e mulheres do campo devem continuar na escuridão do analfabetismo, o governo Aécio Neves, por intermédio de sua secretária da Educação, Vanessa Guimarães, transmite mais que um recado, dita uma sentença contra 1,6 milhão mineiros - de acordo com os últimos números do Inep - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, do Ministério da Educação - condenando-os a permanecer no atraso, na submissão, na subcidadania, no subumano, submetidos à subserviência que se mostrou, e ainda se mostra, conveniente a um estado de coisas que só interessa aos políticos apegados ao passado, ao arcaico, ao que se convencionou chamar de tradicional.

Tudo isso revela falta de compromisso do atual governo com a educação. Em Minas se paga um dos menores salários aos professores. À frente das salas de aula estão profissionais não-qualificados, estudantes de curso superior (matriculados e freqüentes), bacharéis de nível superior sem licenciatura específica para o magistério ou pessoas apenas com o ensino médio concluído que requerem Autorização para Lecionar a Título Precário, antigo CAT. Os professores de curso superior fogem do sistema estadual de ensino, que lhes oferece um salário médio de R$450, e vão atrás de melhores salários na rede particular.

Para o governo Lula e os governantes do PT, na cidade e no campo, onde houver um brasileiro, ele tem de ter acesso ao direito básico à educação de qualidade. E é por isso que Lula enviou para o Congresso Nacional o projeto do Fundeb - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Ministério, que vai substituir o Fundef e ampliar o sistema de financiamento da educação básica no país. Com a aprovação do novo fundo, Minas, que atualmente recebe R$2,8 bilhões por ano para investir na educação básica, terá R$3,4 bilhões.

Um comentário:

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails