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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Mitos Populares Mentirosos

Os boatos correm de boca em boca, passam de geração em geração. E pelo sim pelo não, vamos na onda. Mas a ciência nem sempre está a favor da maré. 

“Não tomar banho após a refeição” 

Desde pequenos que ouvimos a mesma história. Não tomar banho na digestão: fique sabendo que uma digestão completa demora 30 horas.A teoria é que existe uma (falsa) relação entre a digestão e a possibilidade de desmaiar na água. Na verdade, a verdadeira causa de desmaiar na água tem a ver com a reacção do coração ao choque térmico: choque da água fria na pele muito quente.A outra teoria diz que estamos sujeitos a afundarmo-nos na digestão. Acredita-se que a digestão aumenta a circulação de sangue para o estômago – longe dos músculos necessários para nadar – o que provoca cãibras e aumenta o risco de nos afundarmos. Facto é que não existem episódios documentados de afundamentos de barriga cheia. Nem as entidades de saúde alertam para tais recomendações. Como qualquer outro exercício, nadar após uma boa refeição não é confortável, mas nem por isso vai ao fundo. Atenção, a não ser que inclua bebidas alcoólicas. Isso é outro assunto: estudos estabelecem associações de ingestão de álcool e afundamentos. 


“Tratar uma queimadura com manteiga” 

Nunca. Manteiga, pasta de dentes, cremes, óleo, gelo não se aplicam numa queimadura. Seja de 1º grau (vermelhidão, dor, inchaço), de 2º (inchaço e dor mais intensa com o aparecimento de bolhas) ou 3º (pele branquiçada com pouca ou sem dor). A primeira coisa a fazer é passar a zona por água fria corrente, em jacto suave, durante cerca de 10 minutos. Pode ainda aplicar compressas húmidas e frias (no caso de ser de 2º grau) e beber muita água (em caso de queimaduras solares, por exemplo). 

“Crianças até aos 6 meses não podem usar protector solar” 

O ideal é que não estejam expostas ao sol, porque se queimam facilmente. Recomenda-se que vistam roupas claras e se aplique quantidades pequenas de creme de protecção solar de FPS 15 ou superior para a face, pernas, pescoço e braços. A colocar frequentemente durante uma eventual exposição prolongada. Não se esqueça: Tão importante quanto a qualidade do protector solar (largo espectro) é a quantidade: 2mg/cm2. 

“Peles muito morenas dispensam protectores solares” 

Nenhum tipo de pele está dispensada deste ritual antes, durante e após os banhos de sol. As pessoas de peles mais claras têm menos melanina, o pigmento que absorve a radiação ultravioleta e protege a pele, comparado com as peles mais escuras. Logo, são mais sensíveis aos efeitos produzidos pelos raios de sol. Mas isso não significa que as peles escuras não sofram os danos solares – para esse tipo de peles, a Academia Americana de Dermatologia recomenda um protector solar com um factor de, pelo menos, 15. 

“Laranja de manhã é prata, de tarde é ouro e de noite mata” 

Mais um fruto de sabedoria popular. Não se conhecem laranjas assassinas. O que se sabe é que podem provocar flatulência, e por serem compostas em ácidos cítricos (essencialmente), tartárico e málico, são desaconselhadas a pessoas que sofrem de hiper acidez, porque têm úlceras gástricas ou simplesmente porque bebem muito café e/ou fumam. À noite, alimentos muito ácidos como a laranja têm um efeito desconfortável, sobretudo nestas pessoas – pode haver um refluxo da acidez do estômago para o esófago e consequentemente causar ardor e dificuldade em adormecer. 

“Bronzear através de uma janela” 

É verdade. Como se explica que seja possível? Da mesma forma que o dermatologista americano Scott Fosko explica por que vê mais casos de queratoses actínicas, lesões pré-cancerosas de pele, na parte esquerda da face do que na direita. É simples: é a zona da cara que está exposta ao sol quando conduzimos. O vidro não protege; reflecte a radiação.As lesões e rugas são provocadas pelos efeitos de uma exposição de vários anos ao sol e raios ultravioletas. Esta exposição tem um efeito cumulativo, construído a longo prazo. As rugas não são reflexo da idade, defende o especialista, são resultado da quantidade dos danos da radiação solar. Para evitá-los, há que usar um protector todos os dias, antes de sair de sair de casa. 

“Melancia com vinho empedra no estômago” 

O que dizer então das receitas que combinam melancia e vinho? Antes, durante e depois, não parece haver explicação científica para uma alegada congestão. Uma talhada de melancia com um copo de vinho significa quanto muito uma digestão mais difícil com possível sensação de enfartamento. Ambos são amigos do coração: o sumo mineralizante da melancia limpa o sangue e o vinho exerce uma acção protectora cardíaca. 

“Bebidas frescas não matam a sede” 

Matam. O American College of Sports Medicine recomenda o consumo de bebidas moderadamente frescas em actividades outdoor. O que pode acontecer com as bebidas geladas é provocarem um atraso no esvaziamento gástrico. Ou seja, estas bebidas podem demorar mais tempo a descer do estômago para os intestinos e a entrar a circulação, o que atrasa a percepção de saciedade. 

“Urinar na picada de alforreca” 

Urinar não está cientificamente provado que ajude. Paul Auerbach, especialista americano em picadas de alforreca no Stanford University Hospital aconselha antes o vinagre como o tratamento mais eficaz.Uma vez atacado por uma alforreca, fuja e livre-se dos seus tentáculos com um pau. Enquanto não chega apoio médico, aplique de seguida o vinagre branco (ácido acético) na pele, directamente ou embebido numa toalha, durante 15 a 30 minutos. Álcool como segunda opção. Uma vez que os nematócitos estão desactivados, é seguro removê-los com creme de barbear ou pasta de dentes, retirando de seguida. Nunca aplique gelo ou água quente. Se a picada é nos braços e pernas, pressione a zona afectada, para abrandar a expansão das toxinas.Consta que as alforrecas se reproduzem oito a 10 dias após a luz cheia, logo aparecem em maior quantidade por esta altura. As reacções da uma picada incluem náuseas, vómitos, dores abdominais, diarreia, espasmos musculares e na pior das hipóteses, morte por veneno, o que é raro em águas portuguesas.

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