Qual seria o perfil básico de um protagonista de série? Pense em Serena (Gossip Girl), Dawson (Dawson’s Creek), Meredith (Grey’s Anatomy), e Jack (Lost), apenas como exemplo. E me digam, o que mais eles tem em comum? São bonzinhos e, por isso, muitas vezes CHATOS, é óbvio!
Parece que os protagonistas são amaldiçoados e tendem a ser, invariavelmente chatos, deixando que, muitas vezes, seus antagonistas sejam bem mais interessantes que eles.
Por isso, analisando algumas séries, resolvemos fazer esse TOP 10 com alguns protagonistas que conseguem passar um pouco longe da chatice e, consequentemente, deixam de lado o ar de ‘mocinhos’ que pairam sobre eles.
E nós lhe convidamos a conhecer a nossa pequena lista de protagonistas que não são propriamente bonzinhos em suas respectivas séries! Vamos nessa?
Gregory House é unanimidade: o que o médico tem de melhor são seus maiores defeitos. Apesar de brilhante na medicina, House não se adequa a determinadas regras, passa por cima delas e não pensa duas vezes ao ter que tomar um caminho tortuoso. Além disso, é péssimo amigo, traiçoeiro, egocêntrico e viciado em remédios. E, mesmo assim, House é O cara que conquistou a audiência ao longo de suas temporadas. Descrente na humanidade, House usa os próprios meios para chegar aos seus objetivos. E quem somos nós para ousar questioná-lo?
Glee é uma série sobre exageros, com personagens altamente esteriotipados e, exatamente por isso, excelente. E Rachel, a protagonista que faz tudo pela fama, é apenas um bom exemplo de uma mocinha que não poupa recursos para se dar bem. Apesar de ter também um lado doce, a jovenzinha já trapaceou, já abandonou o Glee apenas para poder brilhar mais numa peça de teatro e tenta, a todo momento, roubar Finn de Quinn. E nem por isso deixamos de apreciar a jovem cantora de voz impressionante. Rachel é um exemplo de que não é necessário ser uma jovem insossa e verborrágica para agradar a audiência.
Alguém ainda verdadeiramente acha que Jack Sheppard é o protagonista de LOST? Desde o primeiro episódio, Sawyer já demonstrou ser um personagem infinitamente mais interessante que o chato doutor bobão. E Sawyer é aquele tipo de cara que não liga muito para andar dentro das regras. Ele já assaltou e, buscando vingança, viajou até a Austrália. Na Ilha de LOST, Sawyer não poupou ninguém com seu humor ácido e seu egoísmo latente. Mesmo assim, tem como não gostar dele?
Muito antes de detonar com os exterminadores do futuro ao lado de Sarah Connor, a atriz Summer Glau dava vida a enigmática River Tam no faroeste espacial Firefly, de Joss Whedon. Extremamente ágil, inteligente e com habilidades de luta únicas, River era perseguida pelo Governo que fizera experiências para usá-la como arma. Nos momentos em que não estava no modo assassina, River era uma adolescente introvertida e muito ligada ao irmão, que era o único capaz de controlar seus acessos de fúria.
Ele é um serial killer! E isso bastaria para termos um protagonista totalmente à margem da grande maioria, não é mesmo? Entretanto, ouso perguntar: alguém consegue não amar Dexter? As cenas, principalmente da primeira temporada, onde Dexter não conseguia demonstrar qualquer tipo de sentimento são magníficas e a interpretação de Michael C. Hall só contribui para que nós, telespectadores ajuizados e bons moços, nos identifiquemos tanto com um serial killer frio e calculista.
Vítima das circunstâncias, Nancy se viu sem opção após a morte repentina do marido e se tornou a traficante oficial da vizinhança. Longe de ser uma pessoa má, essa dona de casa apenas toma todas as decisões erradas na vida, mas ainda assim é uma excelente mãe e faz o necessário para criar seus dois filhos adolescentes que só dão trabalho na série Weeds. Essa é mais uma protagonista que foge no estereótipo da pobre menina inocente e os fãs da série agradecem.
Você já parou pra pensar na quantidade de pessoas que Jack Bauer já matou ao longo das temporadas de 24 Horas? Sério, dava pra encher alguns cemitérios com os corpos que Jack vai deixando pelo caminho enquanto tenta salvar o mundo. E Jack não se preocupa muito com outras coisas a não ser salvar a própria pele (sempre em risco) e a lei a ordem dos EUA. Eis um protagonista que foge dos padrões, mas que não deixa de exercer seu amor cívico aos EUA.
Apresentada como uma vilã na extinta série do Hércules, a princesa guerreira Xena caiu no gosto das pessoas e pouco tempo depois ganhou uma série própria. Mas como uma vilã nunca poderia ser a protagonista, Xena ganhou uma consciência e se arrependeu por todos os seus atos. Ao lado de sua fiel escudeira Gabrielle, a princesa guerreira roda o mundo atrás de redenção pelos seus pecados e no caminho corta várias cabeças, massacra hordas imensas de vilões e destrói muitos deuses gregos malignos.
Qualquer um pode argumentar que o pai da Claire não é protagonista, mas atualmente, com os elencos inflados das séries, fica difícil definir quem é protagonista e quem não é. Noah, além de ser do elenco fixo desde a primeira temporada de Heroes, é um dos melhores personagens da série. Tão assustador quanto Sylar, ele oscila bastante entre o pai de família honesto e o assassino de mutantes impiedoso. Poucos personagens conseguiram ser tão queridos pelo público com atitudes duvidosas e moralmente erradas como as do Sr. Bennet.
Ray é o típico americano perdedor. Durante o colégio, era o capitão do time de futebol e todos queriam ser Ray Drecker. Já adulto, ele foi abandonado por sua mulher, não consegue manter um emprego, seus filhos o evitam e sua casa pegou fogo. A única coisa que Ray tem de bom na sua vida é o seu pênis gigante e por isso não é nenhuma surpresa quando ele decide virar um “garoto de programa” em Hung. Ele é um cara legal, mas suas atitudes estão longe das esperadas de um mocinho puro e inocente da maioria das séries.
Até que quando se para pra pensar, vamos nos lembrando de alguns personagens que oscilam bem no caráter e, por isso, acabam sendo humanizados, deixando de ser apenas mocinhos ou bandidos.
E você, depois de acompanhar a nossa lista, consegue se lembrar de algum outro nome que se encaixaria no perfil de protagonistas que não são tão mocinhos assim?
Texto escrito à quatro mãos por Leandro Faria e Michael Oliveira
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