O desmantelamento da estrutura do Estado em Minas Gerais, com o sucateamento de empresas e órgãos públicos do Estado, como CEMIG, COPASA e IPSEMG, é denunciado pela CUT.
Quem vê atores globais, muito bem pagos, anunciando na televisão as pretensas conquistas do Governo do Estado de Minas Gerais, tem o seu olhar desviado da dura e difícil realidade. Minas de verdade é diferente daquela que aparece na tela da TV. A publicidade do Governo de Aécio é como ouro de tolo. Reluz mas é falso.
As políticas neoliberais do Governo Estadual serão denunciadas em Ato Público: MINAS, TEU OUTRO NOME JÁ FOI LIBERDADE!
É interessante a leitura do Manifesto abaixo, para conhecer um pouco do padecimento de nosso Estado sob a gestão de Aécio e seu grupo.
MINAS, teu outro nome já foi liberdade!
Os trabalhadores de Minas Gerais vêm a público denunciar o desmantelamento da estrutura do Estado em benefício de um projeto político pessoal, que vem acarretando um retrocesso histórico com o sucateamento de empresas e órgãos públicos como a Cemig, a Copasa, o Ipsemg e de outros importantes patrimônios do povo mineiro.
Na saúde, a qualidade dos serviços e as condições de trabalho estão tão precárias pela falta de investimentos que até o Ministério Público do Trabalho repassou verbas para tentar minimizar problemas estruturais de algumas unidades. Os hospitais sofrem com superlotação, falta de equipes e de instalações para atendimento à população.
Na educação, após décadas de luta pela valorização do magistério, presenciamos o governador de Minas Gerais se aliar a outros para impedir que o piso nacional de R$ 950,00 dos professores seja implantado.
Na área de segurança, os investimentos divulgados pelo governo estão muito aquém das necessidades verificadas. São 14,3 homicídios dolosos para cada 100 mil habitantes e há superlotação em cadeias públicas sob controle da Polícia Civil. Enquanto isso, o governador Aécio Neves viaja numa sutil campanha eleitoreira e a sociedade fica trancada em casa com medo da violência nas ruas.
A Cemig propõe cortes nos postos de trabalho, precarizando a prestação de serviços através da terceirização. Uma posição totalmente oposta aos lucros que vem apresentando há vários anos. Vale salientar que, em 2008, a empresa deve obter o maior lucro de sua história, cerca de R$ 2 bilhões.
Já a Copasa, que fornece um serviço essencial à saúde da população, tem voltado seus interesses para as ações na Bolsa de Valores, deixando de investir em municípios que não dão lucro. A política adotada na empresa é discriminação de idade através da demissão de trabalhadores concursados, enquanto contrata assessores sem concurso público com altos salários. Ela beneficia ainda grandes construtoras com a prorrogação de contratos.
Como se não bastasse, o governo Aécio Neves investe em práticas anti-sindicais que ameaçam os direitos e a liberdade de expressão dos trabalhadores. Exemplos disso são os ataques que os sindicatos vêm sofrendo com perseguição aos diretores, falta de agenda para reuniões de negociação, controle das informações, uso do poder da polícia contra as manifestações e processos judiciais. Tudo isto, visando o desmantelamento dos sindicatos.
Cabe denunciar que, enquanto as empresas públicas mineiras gastam milhões de reais em publicidade, a população amarga faturas altíssimas de energia e de água. Esses mesmos cidadãos são impedidos de terem acesso a informações fundamentais de toda natureza devido ao silêncio incompreensível dos meios de comunicação.
Nós, das entidades sindicais, nos vemos na obrigação de alertar que o interesse público relevante como saúde, saneamento, educação, energia e segurança não está sendo prioridade neste governo. O “choque de gestão” implantado em Minas vem trazendo resultados apenas para os investidores estrangeiros e deixando de lado os interesses do povo mineiro. Não podemos mais esperar, resignados, que o nosso Estado, tradicional na defesa da liberdade, volte sua atenção para os interesses da sociedade. E preciso construir uma gestão democrática, que beneficie a população e, sobretudo, volte a dar espaço para a liberdade.
ASTHEMG – Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais do Estado de Minas Gerais, CNTI – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria, CUT – Central Única dos Trabalhadores, Federação dos Urbanitários de Minas Gerais, NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores – FEM-MG – Federação Estadual dos Metalúrgicos, FNU – Federação Nacional dos Urbanitários, Fisenge – Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros, Saemg – Sindicato dos Administradores de Minas Gerais, Senge-MG – Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais, Sinarq-MG – Sindicato dos Arquitetos de Minas Gerais, Sindágua – Sindicato dos Trabalhadores nas Ind. de Purificação de Água e Esgoto de Minas Gerais, Sindepominas – Sindicato dos Delegados do Estado de Minas Gerais -Sindec-MG – Sindicato dos Trabalhadores em Entidades Culturais e Recreativas no Estado de Minas Gerais, Sindicato dos Bancários BH, Sindicato dos Eletricitários de Juiz de Fora, Psind – Sindicato dos Psicólogos, Sindicato dos Securitários de Minas Gerais, Sindieletro – Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais, Sindpol – Sindicato dos Servidores da Policia Civil de Minas Gerais, Sindpúblicos – Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Minas Gerais, Sind-Saúde – Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais, Sindsul – Sindicato de Eletricitários do Sul de Minas, Sindute-MG – Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais
Caixa de texto: ATO PÚBLICO DE PROTESTO 19 de Novembro -15 horas – Casa do Jornalista Av. Álvares Cabral, 400 – Centro – BH
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sábado, 17 de outubro de 2009
MINAS, teu outro nome já foi liberdade!
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