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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

As teorias dos leitores para as próximas 80 horas

por Luiz Carlos Azenha
Começo com um agradecimento pela audiência recorde dos últimos dias. E um agradecimento especial àqueles que me alertaram, por e-mail, via twitter ou por telefone dos problemas que o site enfrentou no início da semana. Temos uma espécie de espelho do site, hospedado fora do Brasil e, se for necessário, vamos informar por twitter como chegar até ele. Pura precaução.
Gostaria de informar que, infelizmente, por falta absoluta de tempo, não posso responder a todas as mensagens que chegam (via twitter, no facebook, por e-mail, nos comentários). Tento acompanhar tudo de perto, mas tenho compromissos profissionais e familiares que não podem esperar.
Nas últimas horas, registro um grande aumento de comentários e mensagens de gente preocupada com o que vai acontecer nas próximas 80 horas. Há os que simplesmente não conseguem passar sem um bom boato, trama ou conspiração.

Eu trabalho com fatos, mas não posso deixar de notar que as campanhas clássicas da direitona — e estamos numa delas – trabalham com desinformação+confusão=desmobilização.
Foi assim em 1989, no Brasil, quando vestiram o sequestrador de Abílio Diniz com camiseta do PT. Foi assim na Venezuela, no golpe de 2002, como ficou registrado nos documentários A Revolução Não Será Televisionada e Puente Llaguno. Foi assim na Bolívia, em 2002, quando Gonzalo Sanches de Lozada se elegeu (e foi registrado no documentário Our Brand is Crisis). Foi assim no México, em 2006 — e ficou registrado no documentário Los Dueños da Democracia. Foi assim no confronto entre Barack Obama e John McCain, em 2008, nos Estados Unidos, que acompanhei de perto.
Clique no nome dos documentários para assistí-los em meu canal do You Tube.
É óbvio que tudo pode correr calmamente até domingo, sem grandes surpresas. É o que espero.
Porém, deixo registradas abaixo as principais preocupações de leitores do site, recebidas por e-mail, que agrupei em quatro grupos:
1. Cheiro de armação no ar…
27 10 2010
do Alfredo Bessow, no Passe Livre
Ao sair do estúdio da TV Cidade Livre de Brasília depois de entrevistar o sindicalista Paulo Antenor, presidente do Sindireceita e eleito 1º suplente de Senador na chapa encabeçada por Magno Malta lá no ES, recebi telefone de um telespectador que, em outras palavras, dizia ter a Folha de São Paulo negociado, financeiramente, o depoimento de um ex-preso político. O objetivo de tal ‘depoimento/desabafo’ seria o de desmontar a versão da Dilma ‘osso duro de roer’. Na versão negociada, o denunciante criaria uma versão de que ela teria delatado vários aliados da luta armada contra a ditadura.
Todos nós estamos um tanto quanto atônitos com tanto zumzum, mas, ao que tudo indica, seria uma artilharia pesada a ser usada mais para o fim de semana, redundando numa ação conjunta da Folha, da Veja e da TV Globo – provavelmente sexta à noite.
*****
2. Do Brasil Atual, repercutido há pouco pelo deputado Rui Falcão no Facebook
São Paulo – A filósofa Marilena Chaui denunciou nesta segunda-feira (25) uma possível articulação para tentar relacionar o PT e a candidatura de Dilma Rousseff a atos de violência. Ela afirmou, diante de um público de quase 2 mil pessoas, que soube de uma possível ação violenta que seria montada para incriminar o PT durante comício do candidato José Serra (PSDB) na próxima sexta-feira (29).
Segundo Marilena, a promessa dos participantes da suposta armação seria de “tirar sangue” durante o comício. As cenas seriam usadas sem que a campanha petista tivesse tempo de responder. “Dois homens diziam: ‘dia 29, nós vamos acertar tudo, vamos trazer o pessoal vestidos com camisetas do PT, carregando bandeiras do PT e vão atacar pra tirar sangue, no comício do Serra”, reafirmou a filósofa, em entrevista à Rede Brasil Atual. “É preciso alertar a sociedade brasileira toda, alertar São Paulo e alertar os petistas”, pediu Marilena. A ação estaria em planejamento em um bar de São Paulo, no final de semana.
Para exemplificar o caso, ela disse que se trata de um novo caso Abílio Diniz. Em 1989, o sequestro do empresário foi usado para culpar o PT e o desmentido só ocorreu após a eleição de Fernando Collor de Melo.
A denúncia foi feita durante encontro de intelectuais e pessoas ligadas à cultura, estudantes e professores universitários e políticos, na USP, em São Paulo.  ”Não vai dar tempo de explicar que não fomos nós. Por isso, espalhem pelas redes sociais”, divulguem.
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3. Do Página 13
Numa clara encomenda da FOLHA, um desconhecido  “analista político”, um tal de  Carlos de Mello, de um tal de INSPER, quer provar, por A + B, que não existe mais militância política voluntária.
Ao fundo , uma repórter com voz sensual, quer nos convencer que nós, milhões de militantes políticos do PT, do PCdoB, do PSB, do PMDB, do PCB, do PSOL, do PSTU, da CUT,da CGT, da CGTB, da Força, dos sindicatos e dos movimentos por moradia, etc. não existimos, ou quase todos somos meros mercenários, que trabalham nas ruas por dinheiro…
http://www1.folha.uol.com.br/multimidia/videocasts/820888-militancia-voluntaria-e-coisa-do-passado-diz-analista.shtml
Não há coisa que irrite mais a direita reacionária do que o fato de nós, cansados de um dia inteiro de trabalho,  irmos às ruas fazer campanha política nos pontos de ônibus, nas praças, nas escolas e portas de fábrica….convencendo o povo, conversando com as pessoas, distribuindo material de propaganda, visitando casas nos bairros, fazendo de cada um dos que encontramos, um novo re-transmissor de nossas mensagens de conscientização e de cidadania…
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4. Da leitora Graça Lago, por e-mail
Azenha,
hoje, no Panorama Político, de O Globo, Ilimar Franco denuncia que emissários do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, estão ligando para jornalistas para passar informações mentirosas sobre a saúde de Dilma Roussef. Para exemplificar, o colunista cita a informação passada por tucanos de que Dilma estaria muito mal em um aeroporto do Sul, quando, na verdade, ela participava de uma carreata em outro estado.
A denúncia é gravíssima e liga diretamente a campanha de Serra aos boatos espalhados pela internet e entre evangélicos sobre a saúde da candidata (de que ela tem câncer terminal e não assumirá a presidência). Nem precisa de perito para identificar a impressão digital; até um leigo pode ver.
A denúncia soma-se à apreensão ontem, em SP, de panfletos apócrifos e mentirosos sobre Dilma, que estavam sendo distribuídos por militantes do PSDB. Os panfletos, com a falsa ficha da Dilma, estavam sendo, ironicamente, distribuídos em Perús, bairro que abriga o cemitério onde a ditadura enterrou, na surdina, inúmeros corpos de militantes políticos assassinados na tortura.

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