Você sabia que, não importa de qual filme estejamos falando, todos eles vêm de sete modelos básicos? Conheça-os e saiba porque é tão difícil ser realmente original.
Quase todas as histórias já escritas derivou de um conjunto de sete arquétipos básicos. Por isso, se você assistir um filme e ficar com aquela sensação de déjà vu, não se preocupe, você certamente já viu algo semelhante mesmo. Pelo menos na essência.
Em seu livro The Seven Basic Plots: Why We Tell Stories, o jornalista britânico Christopher Booker defende essa tese.
Veja quais são e nunca mais assista filme (ou leia livros) com os mesmos olhos:
- A Busca
O modelo A Busca (The Quest) é uma história que gira em torno do protagonista central que se esforça para encontrar algo muito importante e, muitas vezes distante. O herói não pode descansar até que essa tarefa tenha sido concluída. Ao longo desta jornada, o ele irá enfrentar os obstáculos e as forças de tentam impedi-lo de atingir seu objetivo.
Exemplos da história deste modelo são "O Senhor dos Anéis", "Apocalypse Now", "Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida".
- Viagem e retorno
Assim como A Busca, a história e o tipo de retorno é em torno de uma viagem. Nesse tipo de trama, o herói é transportado para outro mundo e depois volta. Nesta viagem o protagonista aprende coisas que lhe dão uma compreensão mais profunda de si mesmo e do mundo ao seu redor.
Exemplos de Viagem e histórias de retorno são: "Alice no País das Maravilhas", "Gulliver", "De volta para o futuro", "O Mágico de Oz".
- Renascimento (Rebirth)
No tipo de história de renascimento o protagonista é muitas vezes submetido a algum feitiço obscuro ou instigada pelo próprio ou uma força exterior. A libertação só pode ser alcançada através das ações de outras forças do bem. Nesse tipos de história o poder redentor do amor pode ser uma força libertadora. O que é impressionante sobre o tipo de história é que a prisão ddo protagonistas é derivada de algo de dentro de sua própria psiquê.
Exemplo desse tipo de história: "A Bela e a Fera".
- Comédia
Definir o arquétipo da Comédia é problemático nos tempos modernos, o termo passou a significar simplesmente tudo o que é engraçado. Portanto histórias construídas a partir de outros tipos de terreno básico tem sido erroneamente denominado comédias.
Aristóteles descreveu como comédia as histórias que mostram as pessoas piores do que são e como tragédia as histórias onde as pessoas maiores do que são.
Na definição clássica de Comédia os personagens são levados a um estado de confusão e trevas em que a resolução só pode acontecer quando estes fatores são levados ao extremo.
Exemplo: "Se Beber Não Case".
- Tragédia
Na tragédia aristotélica o personagem central é um indivíduo (geralmente de grande status), que passa por uma série de ações e decisões que involuntariamente provoca sua própria queda. Esta queda supostamente provoca sentimentos de piedade e medo na platéia e no final há uma catarse, que é às vezes chamado de "purificação" da emoção.
Exemplo: "Hamlet", "Paixão de Cristo".
- Superar o monstro
Na histórias de superação do monstro o herói (ou heróis) precisam superar uma obscura criatura/ pessoa / entidade do mal que exerceu uma força maligna destrutiva sobre um lugar, pessoas ou povos.
Exemplos: O Silêncio dos Inocentes, Drácula, Tubarão.
- Da miséria à riqueza (Rags to Riches)
Na Rags to Riches a personagem central é aparentemente arrancada a partir do nada para a grandeza que ele/ela seja muito rica e muitas vezes de status social único. Neste tipo de história, o herói muitas vezes alcança muito rápido o sucesso que é rapidamente tirado dele/dela. Para que ele/ela reconquiste esse estado o protagonista deve muitas vezes derrotar um inimigo de algum tipo.
Exemplos deste tipo de história: "Aladdin", "Cinderela".
Fonte: O sete enredos básicos do cinema
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quinta-feira, 26 de agosto de 2010
O sete enredos básicos do cinema
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